Tiago Barbosa
A polícia vai investigar uma confusão verificada durante um show realizado no Clube Municipal Paulo Ramos Menezes, conhecido como "Paulão", sábado, em Condado, na Mata Norte do Estado, a 87 quilômetros do Recife. A platéia acusou os organizadores do evento de usar um falsário no lugar da atração conhecida como "Rei da Pisadinha", prometida no ingresso. Inconformados com o suposto engano, espectadores vaiaram o artista que subiu ao palco, quebraram os portões de acesso às dependências do local e danificaram o veículo dos produtores da festa. O peugeot verde foi posto de cabeça para baixo e queimado. Os idealizadores do show só conseguiram escapar da fúria da multidão porque a Polícia Militar os escoltou até um lugar seguro. O inquérito instaurado pela delegacia da cidade quer saber se eles agiram de má-fé na contratação do "Rei da Pisadinha".
O delegado Salatiel Patrício colheu, ontem, depoimentos entre o público e confirmou que a insurgência começou pouco depois de o artista subir ao palco. Ele informou que a perícia vai avaliar os estragos provocados no clube e os danos ao patrimônio dos organizadores. Disse que pretende analisar a validade do contrato firmado entre a produtora que agendou o evento e a atração para saber se há alguma irregularidade. "Vamos avaliar se o provável erro foi proposital e conferir quem se responsabiliza pelas depredações. O artista não era o esperado, e os organizadores vão dizer o porquê", comunicou.
Perto de mil pessoas compareceram à apresentação. Os ingressos foram vendidos por R$ 6 (individual) e R$ 10 (casal) e indicavam que a festa foi organizada pela RG Produções. A proprietária da produtora, professora Rute Carvalho Jucá Leite, disse à reportagem que não teve intenção de enganar o público. Ela realiza eventos na cidade há cinco anos e é, também, dona de um colégio para alunos do ensino fundamental. Rute alegou que "não conhecia o Rei da Pisadinha" e que costuma fechar contrato com uma pessoa de confiança, que lhe intermedia os shows. "Não sei se ele toca brega ou forró. Mas não quis enganar. Tanto que fui com minha família no local e com meu carro. Estava na bilheteria, dividindo os valores, quando percebi o tumulto", contou. Rute disse que não teve coragem de olhar o carro queimado e que chegou a ser ameaçada na rua, no domingo.
(escrito para ser publicado na terça, 11 de set)
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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