segunda-feira, 23 de julho de 2007

Ping-pong: Jorge Gomes - secretário de Saúde PE

O secretário de Saúde, Jorge Gomes, disse que foi pego de surpresa com as demissões. Contou que as negociações com o sindicato estão travadas por causa dos problemas ocasionados. E informou que enviou um pedido para que o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) avalie a demissão coletiva.

Como o senhor avalia essas demissões?
Esse movimento feito pelos médicos é uma tática perigosa. A pressão feita por eles, antes de atingir a secretaria, está afetando o povo e pondo em risco a saúde da população.

Como se deu o processo?
Na última quarta-feira, o sindicato rejeitou nossa proposta de reajuste. Menos de 48 horas depois, deflagraram esse processo de demissão coletiva, um fato até inusitado. Isso gerou uma dificuldade para nós, pois não tivemos alternativa de tempo para substituir esses profissionais e garantir o atendimento. A categoria havia reivindicado melhorias, mas nunca tinha sinalizado sobre a possibilidade de greve. Não nos deram sequer a chance de uma nova conversa.

Como está a negociação com sindicato?
Não recebemos nenhuma contra-proposta até agora. Não houve avanço, porque fomos obrigados a concentrar nossas energias para solucionar a crise gerada por eles próprios. Estamos há apenas seis meses no governo. Há limitações de recursos, mas queremos avançar. Estamos abertos para negociar.

Qual a recomendação da secretaria para os traumatologistas demitidos?
Pedimos que os médicos revejam sua posição, que é equivocada. Pedimos um parecer ao Cremepe e esperamos resposta, pois queremos saber se esse pedido de exoneração em grupo é legal do ponto de vista ético ou se houve infração por parte deles.

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