segunda-feira, 23 de julho de 2007

Seqüestrador se apresenta ao GOE

Um dos rapazes suspeitos de seqüestrar o médico gastroenterologista Eduardo Carvalho, em Jaboatão dos Guararapes, na última quinta-feira, se entregou espontaneamente à polícia. Thiago Gomes da Silva, de 18 anos, foi até a sede do Grupo de Operações Especiais, no Cordeiro, acompanhado da família. A foto dele havia sido divulgada pelo órgão policial na sexta-feira passada.

Ele justificou a decisão de se apresentar perante os policiais como uma tentativa de diminuir a pena pela qual seria condenado se fosse julgado pelo crime que cometeu – roubo e extorsão mediante seqüestro. Há uma suspeita, no entanto, de que esse não seja o único delito que ele praticou. Investiga-se o envolvimento de Thiago com um outro seqüestro promovido no bairro de Candeias, também em Jaboatão, uma semana antes do dia em que o médico foi levado.

Em depoimento, o rapaz tentou se esquivar da culpa e jogá-la para o seu comparsa. Ele teria atribuído a participação no seqüestro à “má influência” de Geraldo Vicente da Silva, procurado pela polícia. Thiago também teria alegado que aceitou cometer o crime porque precisaria de dinheiro para pagar uma dívida que tinha contraído. Com o rapaz, foi recuperada uma parte do dinheiro e o celular da vítima.

Já na casa de Geraldo, a polícia apanhou cerca de 30% do valor solicitado e pago como resgate para libertar o médico. O dinheiro foi entregue, na comunidade onde ele mora, no Suvaco da Cobra, Jaboatão, pelo sobrinho do homem foragido, um menor de idade que teria ficado assustado diante dos policiais. Dois celulares e um disc man foram recuperados na residência.

O médico Eduardo Carvalho foi seqüestrado quando chegava para trabalhar em sua clínica. Ele dirigia um Ford Fiesta quando foi fechado pelo Fiat Uno guiado pelos criminosos, que tinha sido roubado minutos antes. Os seqüestradores entraram no veículo do gastroenterologista e o levaram até uma área em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes. A vítima permaneceu dentro do automóvel enquanto o contato era feito, via telefone, com a família pelos bandidos.

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